de dentro da gaiola
Tem antena, pilha cueca, luzinha de natal, tem trouxa, tem esperto, errado pelo certo, catando latinha no chão, olha o rapa ai negão, enquadrando no quadrilátero todo e qualquer vacilão, vejo tudo cristalizado pelo insufilm da prisão, na borracha da pancada sinto o peso da situação, moldando caráter na base do tapão, castigando o couro de quem não tem nenhum pão pra forrar, o sanduiche grego mandou o cheiro avisar, a fome anda descoberta, treme e roga por um tostão, furado ao meio, meu estômago pede atenção, da vida, uma hóstia, na bosta, moiado e noiado, sobe na caixa de laranja pra pregar, três por dois, daqui de dentro vejo a vida passar, com a presa do neguinho que não sabia roubar...