Mote de Divisa*
minha voz é alma
os lábios se foram
-as madrugadas são soturnas-
com as marés dos dias
absortos- apenas desenganos
os lábios se foram
-as madrugadas são soturnas-
com as marés dos dias
absortos- apenas desenganos
-minha voz é alma, e eu declamo-
minha palavra é alma
não há papel que a suporte
nem linha que a tolere
tal imensidão das horas
desse absurdo sentir
não há papel que a suporte
nem linha que a tolere
tal imensidão das horas
desse absurdo sentir
-meu amor é alma por um triz-
meu olhar é alma
e os receios são tantas borboletas
como estrelas num tapete azul
sem pespontos, nem dobras
talvez sonho e foz
e os receios são tantas borboletas
como estrelas num tapete azul
sem pespontos, nem dobras
talvez sonho e foz
meu olhar é alma
e eu apenas sou fuga
vestida das tuas letras
fugitiva das tuas luas
-minha alma é nossa nua voz-
Karinna*