Preguiça

Mente que não raciocina,

Corpo que não trabalha,

Diante da vida joga-se a toalha

E fecha-se então a oficina.

Doença maldita do corpo são

Que emperra o deslumbrar da existência,

Exato veredito de uma inconsequência

Que alimenta os átomos da decepção.

A traça corrói sintomas de aspiração,

O sonho é a delinquência de um intrujão

Que brota num oásis que não se dissipa...

Adormece-se em almofadas de berço esplêndido,

Nada se atreve a transformar esse ignóbil compêndio

Que contém os alicerces diagnosticados como preguiça!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 06/11/2012
Código do texto: T3971545
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