Aos meus amigos,
Deixo o sonho dourado
Na intenção do porvir
Para que sorvam minha essência
Testemunhem mina ciência
Perdoem minha falta de paciência
Deixo aos meus familiares
O tempo que não dei
As horas perdidas em tédios
Que de valor, nada tinham.
Aos meus amores, deixo beijos
Não só  dados, mas os esquivados
As intenções e anseios
Também as lagrimas perdidas
As cartas de amor não escritas
As palavras não ditas
Os olhares não sentidos
Nem sofridos
Aos filhos que tive
A vontade de acertar
Aos que não tive
A vontade de tentar
Deixo por fim a minha mãe
Algo que talvez não consiga deixar
A paga pelo amor predileto
A dívida pela vida dada
Não tenho mais a deixar
Pois tudo foi exposto
Meu corpo já vazio
Na expectativa da Laje fria
Se me pedirem algo mais
Só me restara a alma
E esta tem dono
Entrego a deus.
Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 06/11/2012
Código do texto: T3971196
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