Memória
Memórias
Nos retalhos da memória
desaprendo lembranças,
o sublime é o avesso do real,
o dedilhar de cada nota esquecida,
lembra a saudade que se perde.
Cai à tarde na magia do tempo,
pedras molhadas de saudade
agita o relâmpago instantâneo,
traços—letras de poeira
confundem-se com melodia dos pássaros.
Pedaço de perdão repartido
entregue com laço de fita,
perdão, pedido obrigatório,
pedreiras derretidas
no colapso do tempo.