Me acompanhe, por favor.
escondida minha poesia flui
o que sou de verdade
um grande mentiroso
feliz pela primeira vez
de verdade
batendo balãozinho
sozinho
tabelando sonhos com a parede
ninguém mais sabia
até agora
nada realizei
meus sonhos são migalhas
daquilo que ainda nem sei
se vão vingar
era um errar só
sabotagem do meu mundo
agora o perder
já não cabe
o que me resta é ganhar
já fui pra lá de onde
ninguém gostaria de estar
e volto acabado
pigarreando frustrrações
vomitando a janta
ao escovar os dentes
decidi
nunca mais vou reclamar
nem me dar por vencido
hoje vou caprichar
dar tudo e ir além
a mediocridade
não me convém
e quem é que vem?