QUASE MÃE
Sou, de novo, um ser estranho,
eis que de outro jeito,
meio agosto, meio desfeito
em carinhos, talvez dezembro
recomposto qual luzes de Natal.
No teu olhar descubro o sinal
do que perco, do que ganho.
Tudo é muito mais do que lembro
de mim, de ti, do que fui.
Redescubro, em cada caminho,
propostas, um beija-flor, um dedo angelical
que te toca o seio, nutriz
da eterna busca pelo ninho.
Te encontro na fêmea que flui
natural, que entrega o que possui
quase mãe, quase raiz.
Sou, de novo, um ser estranho,
eis que de outro jeito,
meio agosto, meio desfeito
em carinhos, talvez dezembro
recomposto qual luzes de Natal.
No teu olhar descubro o sinal
do que perco, do que ganho.
Tudo é muito mais do que lembro
de mim, de ti, do que fui.
Redescubro, em cada caminho,
propostas, um beija-flor, um dedo angelical
que te toca o seio, nutriz
da eterna busca pelo ninho.
Te encontro na fêmea que flui
natural, que entrega o que possui
quase mãe, quase raiz.