Seu Perfume

O perfume que eu adoro é morno,

no seu colo, forno livre, no decote,

é forte tentação a descobrir a pele.

Os arrepios, nas erupções da libido,

são surtos dos vultos do nosso nu,

protegidos entre o suor e a implosão.

O perfume que eu imploro é adorno,

na minha boca, entre os meus dentes,

é a solução química do encantamento.

Os delírios, nas definições dessa paixão,

são os insultos dos corpos ao obsceno,

atrevidos no ardor do seu feroz veneno.

Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 04/11/2012
Reeditado em 15/11/2012
Código do texto: T3969039
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