Seu Perfume
O perfume que eu adoro é morno,
no seu colo, forno livre, no decote,
é forte tentação a descobrir a pele.
Os arrepios, nas erupções da libido,
são surtos dos vultos do nosso nu,
protegidos entre o suor e a implosão.
O perfume que eu imploro é adorno,
na minha boca, entre os meus dentes,
é a solução química do encantamento.
Os delírios, nas definições dessa paixão,
são os insultos dos corpos ao obsceno,
atrevidos no ardor do seu feroz veneno.