MULHER

Coração, vida.

Nos dias de ondas bravas,

se faz tormenta no peito.

Mas a calmaria retorna quando tudo é brisa.

É força quando luta.

Tem asas e consegue voar.

Voa muralhas.

Quebra grilhões.

Tem seus dias de alegria.

É um Uirapuru, da Mata Amazônica.

Tem seus dias de tristeza.

É um gemido de gente ferida.

Bate medroso, sentindo a solidão.

É poesia quando ama.

Pois se dar por inteiro.

Sem preconceitos...

É mistério nunca desvendado.

Punhal, punhalada,

Sangra a ferida.

Cambaleia num bailar resplandecente.

Ergue-se e flutua feito pluma.

...É MULHER!!!

Inacelita Damasceno
Enviado por Inacelita Damasceno em 04/11/2012
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