CHOREI!

Chorei as quimeras dos tempos de infância

E pelos mendigos eu rezei em ansia

Para que encontrassem um terno lugar.

Já chorei de igual, pl`os meninos da rua

Chorei por não ver o brilho da lua

E porque não tinha ninguém…para amar!

Chorei, recordando quem me deu a vida

Chorei tanta dor, em meu peito sentida

E pelas crianças, afogadas no medo.

Chorei em silêncio, a maldita fome

Que o meu coração aos poucos consome

Assim também como…chorei em segredo!

Chorei como as gotas da chuva que caem

Como as folhas de outono, que em breve se esvaem

Chorei muita vez, talvez sem razão.

Chorei a pedir, que se espalhasse na terra

O Louvor de Deus, semente que encerra

A paz entre os Homens…com o mundo na mão!

Chorei pela dor dessa tua ausência

Pelo teu corpo nu, feito transparência

Chorei eu, de mágoas, por quanta saudade.

Chorei de tristeza e de cravos na mão

Pedindo de volta pra ter o bastão

Que trouxesse de novo…toda a liberdade!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 03/11/2012
Reeditado em 04/11/2012
Código do texto: T3967346
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