Louca esperança
Esther Ribeiro Gomes
Esperança, doce criança que habita a alma,
que invade os sonhos e acalma...
Entre as nuvens sombrias traz claridade,
é luz dourada que brilha no fim do túnel,
é a janela que se abre para a felicidade,
traz alento quando tudo é escuridão
e faz o coração bater mais forte de emoção!
Sem esperança, não vale a pena viver,
os dias são monótonos, sem alegria,
nada mais parece acontecer...
A esperança veste a vida de magia,
faz a alma alçar voo, tocar estrelas
e os sonhos flutuam na fantasia!
Vou caminhar de mãos dadas com a esperança,
sentir a carícia do vento, abraçar cada momento,
pois em minh’alma mora a eterna criança
que para sempre guardarei
e junto dela novos sonhos sonharei!
‘Lá bem no alto do décimo-segundo andar do Ano,
vive uma louca chamada Esperança.
E ela pensa que quando todas as sirenas,
todas as buzinas e todos os reco-recos tocarem,
atira-se e - ó delicioso voo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
outra vez criança... E em torno dela indagará o povo:
- Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá (é preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
- O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...’
(Mario Quintana)