Que me importa agora meus defeitos?
A lápide espera o fim do hálito fresco
Das moscas virão larvas que viram moscas
E nem as moças que se lavam em lágrimas deterão o tempo
 
Que me importa agora que parti
Parti deixando a vida  sem sorrir
Ela a me zombar, em vagantes feixes negros
Fecha a gaveta de todos os meus desfechos
 
Lá me fui tão pequeno, menino
Ouvindo melodias, sem destino
Vendo que sou vulto do que fui
Brincando na esteira do abismo
 
Tão belo o eterno diante dos olhos
Pagarei eternamente por erros de nem um século
Desço decentemente ao vale sombrio
Brincando e assobiando a canções preferidas
 
Agora lembro que amei
E em vida queimei de amor
E pequei contra lei do sábio escritor
Quem me escreveu o eterno castigo?
Lopes Neto
Enviado por Lopes Neto em 03/11/2012
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