Uma improvável mulher...

Uma mulher gostosa,

Com muita personalidade...

De fato apetitosa,

Desfilando seriedade...

Uma mistura assim,

Pode enfim te descrever...

O que seria de mim,

Se não soubesse me conter...

Nunca quis te encontrar,

Nunca quis te dizer...

Não sei ao menos explicar,

O que veio a suceder...

Num momento de fragilidade,

Você veio me consolar...

Com inacreditável ingenuidade,

Deixamo-nos levar...

Quando vi, o turbilhão,

Já de fato acontecia...

O meu pobre coração,

Naquele momento não obedecia...

Era razão, era emoção, era tesão,

Numa batalha sangrenta...

Teu seio na minha mão,

A tua boca sedenta...

Minha consciência,

Veio me despertar...

Trazendo de volta minha essência...

Valores morais para considerar,

Levaram-me a abstinências...

Estive perto de me achar,

E no teu corpo me perder...

Entendi o que era apaixonar,

No teu olhar pude me ver...

Refleti sobre o que era importante,

Para mim e para você...

A vida não era aquele instante,

De paixão, sentidos e prazer...

Contudo, o que ocorreu de melhor,

Foi a tua sincera compreensão...

Concordastes que o pior,

Seria permitir a continuação...

Não deve acontecer,

Uma relação paralela...

No mínimo é fazer sofrer,

O coração de Manoela...

Não vamos fazer com outro,

O que não queremos para nós...

O mal é onipresente e está solto,

E tem forma dolorosa e atroz...

Não esqueça de mim,

Em nenhum momento...

Nossa relação não teve fim,

Não teve fim meu sentimento...

Agora é amizade,

O que não pode ser amor...

É consistente feito de sinceridade,

Este sentimento que restou...

Não seja com todos e com tudo,

Uma mulher decidida ou radical...

Muitas vezes devemos ser cego, surdo ou mudo,

Para não nos deixar contaminar pelo mal...

E nada pode enfear,

Uma beleza tão extrema...

É interna e se faz externar,

Nos teus dotes de bela mulher de têz suave e morena...

Nagredla
Enviado por Nagredla em 28/02/2007
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