Fortuna

A deusa Fortuna me idolatra

Miro o inimigo e disparo

E o tiro sai pela culatra.

Num momento único e raro

Entre vários escolho um ponto

E a escolha sempre me sai caro.

Marcamos um ponto de encontro

Sem atrasos lá estou eu

E ela? Não sei... Outro desencontro...

Tanto tempo, tanta coisa se perdeu

Deus premiou mais um sortudo

E como sempre, esse não era eu...

Nos jogos eu perco tudo

No amor não ganho nada

Acostumado, não me iludo

Perdido estou nessa estrada

Tente pensar na cena:

Sem água, comida, sem nada!

Ao contrário de Páris, nunca tive Helena...

Chegada a hora da morte

A morte de mim sentiu pena

E me deixou seguir sem norte

E entre risos, cheia de ironia,

Desejou-me boa sorte...

Weverthon Siqueira
Enviado por Weverthon Siqueira em 02/11/2012
Código do texto: T3965852
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