Invenções

As perguntas me rodeiam.

Não tenho respostas, é um jogo.

Não sei onde, nem quando, nem por que entrei.

Só percebo, só sinto a fratura exposta do tempo.

Estou jogando.

Me desdobro num duplo

sentido da enunciação.

Mundos são construídos

Compareço em minha dupla realidade: em mim, pra mim, de mim

Sou egoísta, posso estar te enganando.

Desenho a vida copiando!

Não tenho leões.

A realidade crua, não me desperta, preciso sair.

Quero antes os delírios de meu pensamento: torto.

Há duas horas teria ido embora.

E teria te deixado aqui: completamente só

até as 3 da manhã.

Mas se eu pergunto: O que me prende aqui?

Tu me respondes com a audácia de quem me conhece: “eu!”

Não me convences.

Sou inconvencível. Às vezes simpatizo com a antipatia.

Meu veneno é meu encanto e eu te encanto com minhas ideias.

Sou: imprevisível.

Às vezes gosto de tragicomédia, de drama, de romance, de Luas.

Mas já te disse: nada é o que parece ser.

Estamos aqui: on line, on time, full time

numa conversa virtual onde escuto tua voz que

foi gravada em meu cérebro, você é uma novidade.

Uso meus sentidos que me enganam

Uma conversa virtual, porque não há outro jeito

Estamos em tempos modernos. Joguei fora meu papel.

Este poema faz parte de meu livro, No limite do verso, abaixo o link do livro:

http://www.editoramultifoco.com.br/literatura-loja-detalhe.php?idLivro=971&idProduto=1000

Carmem Maria Carvalho Bastos
Enviado por Carmem Maria Carvalho Bastos em 02/11/2012
Reeditado em 02/11/2012
Código do texto: T3965260
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