lasca lenha

Se era a vida

Boa, como a

Pele sonora

E bela que

Cobria o dia..

Se era seu

Rosto santo

Na imensidão

De uma vida

Vazia...

Se tinha tudo

E ao mesmo

Tempo nada tinha...

Se sorria, mas

Nada tocava

Minha geografia

Faltava-lhe o

Visgo de sangue

A veia suja

E o despudor

Do amante...

Faltava-lhe sua

Parte impura

Sua maldade

Madura...

Sua diabólica

Criatura...seu

Bicho escorraçado

Sua grito de égua

O caldo da noite

O espasmo

O corpo

Faltava o desabrochar

A flor se consumar

E molhar-se de

Mel e relâmpago...

Se havia o céu

Límpido e transparente

Faltava lhe a dúvida

Perversa e latente

Faltava o músculo

Da coragem, muito

Ausente, a vontade

Crespa , o cedro fosco

O mar revolto, sua parte

Erguida, Sua lasca de lenha

Armada e crescida