Adorada Amiga Morte

"Lamentando vagarosa, fria e escura

A exímia luz que outrora iluminava

À noite que dentro, em mim, alimenta

A amiga morte que se aproxima

Com os olhos congelados ao espelho

eu espero em segredo outra chance;

Vivo correndo, sem destino e com medo

Do amor que o finito me traz

O desejo me corroí o corpo

Trazendo sensuais sonhos vís

A lágrima castiga a nova aurora

Adormecida, acordada, eu levanto.

Pisando descalça nesse chão impassível,

O sangue dos olhos escorre

Trazendo para perto a amiga morte

que vem me banhar em silêncio

Escute o pavor que me consome,

Sinta a ânsia que dentro de mim se aflora

A triste luz do dia, traz desordenada

a melodia, da adorada amiga morte.

Suspirando lentamente, inalando nas palavras o consolo

Em meu peito, no meu leito, ela me adormece

Fazendo parar o coração,

o único que, em mim, ainda insistia..."

Pelegrini Amanda
Enviado por Pelegrini Amanda em 02/11/2012
Código do texto: T3964640
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