VAZIA PRESENÇA




Na solidão dos dias,
A ronda do silêncio...
Versos calados,
Muda a voz,
Baixo o olhar,

                [desfolho duas unhas roídas]

 

Janelas cerradas,
Pétalas de rosas murchas,
Às tardes mortiças,
Às manhãs de desânimo,
À hora em que as luzes da cidade se apagam
E vago como borboleta entre quatro paredes,
                 [lágrima única ininterrupta cai no colo, entre meus seios]

Nessas horas vazias
É quando mais vives em mim...
                 [formigas ziguezagueiam pelo assoalho]  

Nessas horas doidas
É quando és mais e tão somente meu.


                 [falta o tempo de nada, Drummond] 




imagem : FlickR



 

KATHLEEN LESSA
Enviado por KATHLEEN LESSA em 02/11/2012
Reeditado em 04/11/2012
Código do texto: T3964398
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