VAZIA PRESENÇA
Na solidão dos dias,
A ronda do silêncio...
Versos calados,
Muda a voz,
Baixo o olhar,
[desfolho duas unhas roídas]
Janelas cerradas,
Pétalas de rosas murchas,
Às tardes mortiças,
Às manhãs de desânimo,
À hora em que as luzes da cidade se apagam
E vago como borboleta entre quatro paredes,
[lágrima única ininterrupta cai no colo, entre meus seios]
Nessas horas vazias
É quando mais vives em mim...
[formigas ziguezagueiam pelo assoalho]
Pétalas de rosas murchas,
Às tardes mortiças,
Às manhãs de desânimo,
À hora em que as luzes da cidade se apagam
E vago como borboleta entre quatro paredes,
[lágrima única ininterrupta cai no colo, entre meus seios]
Nessas horas vazias
É quando mais vives em mim...
[formigas ziguezagueiam pelo assoalho]
Nessas horas doidas
É quando és mais e tão somente meu.
[falta o tempo de nada, Drummond]
imagem : FlickR