MESTRE
Dá-me a tua tristeza
porque dela é feito o pão
que alimenta minha boca
e do teu suor sempre a verter
em tua fronte - dá-me de beber!
apascenta, pois, a sede que só faz retesar
meus lábios (mudos!)
e nas dores do teu caminhar (vacilante)
ante o peso do teu cansaço
a vergar-te prumo na sombra do meio dia,
aconchega-me
reverbera meus olhos na brancura do teu olhar
infinito olhar de ave sem ninho...
dos teus medos - quero saborear apenas
a casca
conjugar o céu e o mar
presos no infinito labirinto da tua mente
quando ao anoitecer
a elucubração toma o teu espírito
branco alvo indelével...
Dá-me a tua tristeza
porque dela é feito o pão
que alimenta minha boca
e do teu suor sempre a verter
em tua fronte - dá-me de beber!
apascenta, pois, a sede que só faz retesar
meus lábios (mudos!)
e nas dores do teu caminhar (vacilante)
ante o peso do teu cansaço
a vergar-te prumo na sombra do meio dia,
aconchega-me
reverbera meus olhos na brancura do teu olhar
infinito olhar de ave sem ninho...
dos teus medos - quero saborear apenas
a casca
conjugar o céu e o mar
presos no infinito labirinto da tua mente
quando ao anoitecer
a elucubração toma o teu espírito
branco alvo indelével...