Leveza
Não quero saber de ser leve
Que o vento que me pegue
E jogue em qualquer lugar
Num continente de neve
Ou no meio do mangue
Um banho de sangue
Eu quero tomar.
Não quero saber de ser leve
Que o vento me leve
Num voo infinito
Eu quero banhar-me
Num rio bonito
E gritar por gritar
Pelo prazer do grito.
Não quero saber de ser leve
Que o vento me leve
Pra longe daqui
E me jogue no meio das pedras
No meio das ervas daninhas morri.