A BELEZA COMO CASTIGO

A BELEZA COMO CASTIGO

Quando se colhe uma flor,

Pela sua beleza e encanto,

Condena-se a morte,

E a mais bela, a mais perfeita,

A predileta entre todas,

É a primeira a ser condenada,

A primeira a conhecer a morte,

Pagando com a própria vida,

A desgraça de ser bela,

E o infortúnio de seu perfume,

Fosse ela de beleza ínfima,

E de fragrância comum,

Para entre todas ser confundida,

E alimentar com seu pólen,

Borboletas, insetos e colibris,

E até o último vigor,

Permaneceria viva e intocada,

Até que a natureza a depusesse,

Do alto do seu pedestal.

O Poeta da Solidão

O Poeta da Solidão
Enviado por O Poeta da Solidão em 31/10/2012
Código do texto: T3962362
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