Sonhos de vidro
A coincidência como o absurdo inexplicável
A paciência com sabor de recompensa,
No entanto eu procuro a brisa quente!
Som o sabor do calor do seu abraço
Nas areias do penhasco...
Nas inusitadas faladas palavras,
Surge o ferimento sem cura
E sem ternura...
Que imploro de joelhos
Ante seus olhos vermelhos!
O deboche por inteiro,
No segredo do espelho
Onde basta uma gota de verdade,
Para ter os olhos apedrejados...
Não estou no chão,
Apenas tirei os pés da terra
Para deslizar minha ousadia vida afora...
Por enquanto prefiro o silêncio,
Que trafega sereno entre a língua e o mamilo...
Se cair não me levante,
Se errar não me oprima,
Se mentir não me odeie!
Mais não venha roubar o meu escudo...
Amor de vidro,
Sorriso de cera,
Um brinde a beleza,
A sutileza e a incerteza do acaso...
O seu sorriso despojado,
Mostrando que os mais belos lábios,
Sabem coisas muito além
Que simplesmente sorrir...
Os vermes que consumiram sua eternidade,
Depois morrem,
Depois secam,
Desmancham-se...
Desintegrando no ar
Que o mundo vai respirar...
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