Doente

Hoje eu vou pelo pior caminho

Quero sentir na pele que sou falho

Quero sentir perigo, pegar um atalho

E usar meu sangue pra marcar o caminho.

Hoje eu não quero sabe de pódio

Pra que me serve? Nunca fui o primeiro

Meu pai não foi nenhum carpinteiro

Minha mãe me ensinou a nunca ter ódio

Mas como péssimo filho que sou

Jamais aprendi tal lição

Jogo praga, jogo pedra e maldição

É pelo caminho de espinhos que eu vou.

Hoje eu nem queria ter acordado

Mas minhas vontades nunca são atendidas

E enquanto os vermes roem minhas feridas

Meus anticorpos são crucificados.

Hoje eu queria o calendário maia

Talvez o meu ser imundo

Fosse junto com o fim do mundo

Abraçado com o demo de saia...

Hoje... Talvez tenha sido um presente

Talvez... Mas de muito mau gosto

Veja, o sangue sumiu do meu rosto

Veja, me veja, morrendo... Doente...

Weverthon Siqueira
Enviado por Weverthon Siqueira em 31/10/2012
Código do texto: T3961826
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