Doente
Hoje eu vou pelo pior caminho
Quero sentir na pele que sou falho
Quero sentir perigo, pegar um atalho
E usar meu sangue pra marcar o caminho.
Hoje eu não quero sabe de pódio
Pra que me serve? Nunca fui o primeiro
Meu pai não foi nenhum carpinteiro
Minha mãe me ensinou a nunca ter ódio
Mas como péssimo filho que sou
Jamais aprendi tal lição
Jogo praga, jogo pedra e maldição
É pelo caminho de espinhos que eu vou.
Hoje eu nem queria ter acordado
Mas minhas vontades nunca são atendidas
E enquanto os vermes roem minhas feridas
Meus anticorpos são crucificados.
Hoje eu queria o calendário maia
Talvez o meu ser imundo
Fosse junto com o fim do mundo
Abraçado com o demo de saia...
Hoje... Talvez tenha sido um presente
Talvez... Mas de muito mau gosto
Veja, o sangue sumiu do meu rosto
Veja, me veja, morrendo... Doente...