Continuísmo

Quero rasgar a túnica que cobre minha timidez

Joga-la ao vento

Envolver-me com a brisa para receber o novo

Que brota em pleno temporal.

Quero arrancar as amarras que prendem minha lucidez

Joga-las ao fogo

E ver na fumaça branda meus preconceitos caducos

Que sem graças crescem e não pedem permissão a nada.

Quero colocar cartas e ver o futuro

Joga-lo a mesa

E poder transformar o amanhecer

Que insiste sempre na mesmice idiota do continuísmo..

Perpétua Amorim
Enviado por Perpétua Amorim em 28/02/2007
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