Only the good die young
- O problema é comigo - disse ele contrariando Sartre pois dessa vez o inferno não eram os outros. Importante notar que ele disse a si mesmo, num trabalho de reflexão. Não que fosse alguma novidade, dada a sua natureza pessimista, o inferno era ele mesmo na maior parte das vezes. Não compreendia certas coisas e até mesmo por medo ou receio não se deixava compreender.
Como por exemplo essas pessoas que vivem apaixonadas por amores em sua maioria impossíveis. Onde estava aquele antigo "eu" - ou "ele" - que também fazia disso? E muito, diga-se de passagem. Hoje ele apenas tem sues interesses, mas não chega a ser como antes. Assim como antes dele ter namorado tardiamente pela primeira vez. Ali houvera contato com amor recíproco, mais uma novidade em sua vidinha. Tomou consciência da gravidade da situação e nunca mais foi o mesmo. Verdade, mudamos sempre, mas logo em sentimentos que sempre lhe foram tão intensos?
Pensou se os autores românticos, e pueris, sempre foram mal amados misturado a uma eterna juventude que lhes concediam esse sentimento tão forte como o é nesta época da vida. Retomo Meireles se perguntando em que espelho a face dela ficou perdida e faço a minha paráfrase: em que pares de olhos desconhecidos ficou perdido o meu sentimento?
Morra jovem e viva para sempre. Apenas assim se aproveita o que seu coração tem a lhe oferecer no grau máximo de intensidade de paixão. Não acredito falar em amor, poies este é eterno, porém, acredito que nem todos foram feitos para partilhar desse sentimento, ativa ou passivamente, amar ou ser amado. Assim sendo, apaixone-se quem puder. Nosso eu-lírico não tem mais conseguido. O problema é comigo.