Tear. Down. The. Wall.
Tão perto quanto eu desejaria que fosse, tão perto quanto antes nunca ocorrera. Ao mesmo tempo, tão longe quanto essas barreiras invisíveis que nos separam. Seria tão simples, bastaria um notar descarado, que eu percebesse, recíproco. Pois, se me notas eu não sei, e nem ela deixa saber. Teria ela também suas barreiras ou seria simplesmente desinteresse? Muito capaz eu nunca venha a saber, assim como já acontecera tantas outras vezes. Hoje eu a tenho do meu lado, literalmente, amanhã não mais e seguimos nossas vidas. Como sempre, nunca comigo.
Não tenho mais os desejos adolescentes de ter e acreditar que assim será, eternamente enquanto dure. A minha realidade é outra. Sempre foi, mas antes não chegava a incomodar tanto. Essas paredes ocultas que não nos deixam trocar uma olhadela sem que esteja carregada de pudores, carregada de "não me vejas que te vejo".
Este sou eu, não é novidade alguma. Meus muros são mais altos do que eu posso enxergar. Martelos e marretas, eu procuro desde que tenho consciência da importância deles. Ainda não os tive, quiçá nunca terei. Assim e de novo, mais uma vez.