a lingua que na fala

O sufoco

No vácuo

Desse mundo

Apertado, de

Tantas mazelas

De caminhos tortos

E tão vil...

A cortina... os papos

Desgarradas, e

Desparafusados

Os desencontros ( de medo? )

E as palavras pulam

Da boca, toda sem

Jeito, sem direito

(Onde é o lugar

Da palavra senão

Fora do fósseis

Dos carbonados

Desastres

Que vagam embaixo

Do corpo como se

Fosse vermes arqueológico)

Tudo guardado bonitinho

No fundo da mala

Pois

Esse mundo

É inseguro

Quando

Se tem na

Lingua o veneno da fala