Meu dogma
cheguei, acenei à cartomante
suspeitou, sobrancelha arqueada
continuei ainda e sentei-me
ela arrepiou-se toda – pude, pude ver…
lancei minhas mãos sobre a mesa
dela foi um sobressalto
e eu, desafiando ainda, apertei meus olhos
só aí ela venceu o medo e veio devagar
tocou duas vezes minha mão direita
que na primeira tirou de susto
sentiu, dela, as impressões na pele
e olhou-me com olhos ressabiados…
Não pude mais: o que adivinhas?!
Tu não é uma mentira, desconfiei no olhar…
Que sou, feiticeira? que sou eu?
Uma verdade difícil de se acreditar!