silêncio...
entre a cruz e a espada
estigmatizada estou
se a espada drena meu ventre
a cruz arregaça minha carne crua
com as mãos espalmadas
ofereço-me escrava da dor
com os pés dilacerados
escalo o caminho da tortura
chora a espada
lambendo minhas entranhas
contorce-se a cruz
desejando seu pêndulo
do alto, meu corpo contemplo
massa disforme, inconforme,
cruz e espada em um mesmo rito
calar com dor... meu grito...