silêncio...

entre a cruz e a espada

estigmatizada estou

se a espada drena meu ventre

a cruz arregaça minha carne crua

com as mãos espalmadas

ofereço-me escrava da dor

com os pés dilacerados

escalo o caminho da tortura

chora a espada

lambendo minhas entranhas

contorce-se a cruz

desejando seu pêndulo

do alto, meu corpo contemplo

massa disforme, inconforme,

cruz e espada em um mesmo rito

calar com dor... meu grito...

Almma
Enviado por Almma em 29/10/2012
Reeditado em 29/10/2012
Código do texto: T3958099
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