A Árvore
Reviro a terra.
Os cadáveres viraram esterco.
Do solo nasceu uma árvore.
Frondosa.
Casca grossa.
Raízes firmes.
Galhos flexíveis.
Ao seu tempo floresce.
Ao seu tempo frutifica.
Plantada está.
Resiste às estações.
Deseja os milênios.
Da frágil semente brotou.
Alimentada pela matéria
orgânica decomposta.
Leonardo Lisbôa – Barbacena, 14/04/2011
POEMA 577 – Caderno: Prancha de Surfista.