QUEM SAIBA UM DIA!...
Quem saiba um dia!...
Eu faça nascer um poema...
Que traga lembranças...
De tempos idos...
Lembrando antigas cantigas de ninar...
Ou a ternura de colo aconchegante...
Que embalavam minhas noites...
Do vai e vem da rede da varanda...
Talvez recordassem o canto das aves em revoada...
Ao por do Sol...
Cortando os céus...
Talvez quem saiba...
Uma poesia festejando...
As noites estreladas e enluaradas...
Que nos inspiram a riscar no papel...
Ou quem sabe aquela musa...
Que o tempo esqueceu...
Ou quem sabe aquela linda roseira...
Onde roubava uma rosa...
Para dar ao meu amor...
Ou talvez um poema...
Que glorificasse o amanhecer...
Após a madrugada delirante...
Onde desfalecemos de tanto prazer...
Quem saiba talvez...
A relva orvalhada...
Onde rolávamos...
Extasiados pelo doce querer...
Ah! Não sou poeta...
Por isto este poema...
Nunca poderei traçar...
E só em minha memória...
Ele ira estar...
Guardado estes doces momentos...
Desta nossa doce e louca paixão...
(Ocram 25/02/07)