PEÇO-TE
Não preocupes comigo. Se choro
É saudade, não é sofrimento.
Acostumei ficar sem namoro;
Posso escorar-me no desalento.
Não me venhas à noite abraçar-me,
Deixe-me dormir o sonho vazio
Aonde o nada vem sossegar-me,
Entorpecer esse meu corpo frio;
Só assim descansa a minh’alma
Que no desapego de consciência
Entregou-se o quase parar da calma
Para fugir dessa sua forte ausência.
DIONÉA FRAGOSO