PEÇO-TE

Não preocupes comigo. Se choro

É saudade, não é sofrimento.

Acostumei ficar sem namoro;

Posso escorar-me no desalento.

Não me venhas à noite abraçar-me,

Deixe-me dormir o sonho vazio

Aonde o nada vem sossegar-me,

Entorpecer esse meu corpo frio;

Só assim descansa a minh’alma

Que no desapego de consciência

Entregou-se o quase parar da calma

Para fugir dessa sua forte ausência.

DIONÉA FRAGOSO

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 28/10/2012
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