Depois, nem sei o que esperava...

Depois, nem sei o que esperava

Tomaste outro caminho distante

Uma nova ilusão que deformava

Sem sentir o que tinhas na mão

Passou a ser tudo passado agora

Como passante num rua qualquer

Travessa que sobra na mesa

Em que se farta até virar os olhos

Das marcas que se aprofundaram

Nem lenço, nem um leve carinhar

Tão enfadonho me tornei assim

Como se tudo não tivesse sido

Assisti perplexo essa passagem

Relaxei por ser coisas da vida

Fui olhando enquanto passavas

Mas senti com o tempo tão estranhas

Das entranhas que tirei fartos gozos

Nada resta do que lembranças

Face que se oculta rapidamente

Mesmo com uma lágrima cortante

Reviravoltas dos notivagos

Que nem se bastam do amor alheio

Tiram da carne mais do que se pode

Águas diurnas nem secam o estreito

O choro aperta o simples olhar

Tantas perdas que se juntam

Na tardia tentativas de entender

Porém, tudo virou uma passagem.

Em algum lugar vejo o choro pelo Jardim perdido!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 02/08/2005
Código do texto: T39568
Classificação de conteúdo: seguro