Débil
não me deixe partir
sem entender a vida..
sem antes sentir o arrepio na pele,
ou sentir a lágrima que escorre
o suspiro que escapa e o amor que se esquece
a dor da perda,
a dor do corte
ou a dor de não se ter um Norte
a dor da morte
daquilo tudo que é decente
o falso poder em ser dissidente
discrepante, ou simplesmente dormente
o livre arbítrio de ser tão condizente
de ser tão alienado e igualmente impotente
de ser tão independente,
imaculado e descrente
e ainda assim ter a capacidade
de seguir sempre em frente
enganando os olhos de quem vê
e o coração de quem sente
mas se ninguém nem ao menos vê,
alguém ainda sente?
somente a mente, que mente
sobre mim, sobre você
sobre o que é aceitável e decente
a mente, que mente...
vigorosamente
incessavelmente
incrivelmente decadente.