ILUSÃO DO TEMPO
O que é real?
Onde está o sentido?
Quantos sentidos existem?
-O quão destes correm em nós ignorância, desprezo ou anarquia.
Donde que os beijos pode ser tudo,
Desde quando tudo se resume só em beijo,
Mesmo com todos em cortejo,
É incerteza, é tristeza, busca-se felicidade, e se vai.
Lembro-me das métricas de uma poesia,
Lembro-me como podem existir regras,
Regras que nos limitam do fim.
Fim que tende a não servir pra nada.
Que se limite!
Estou cansado de tantas carícias,
-Me limito!
Então eu imito, -sou um mito.
Quanta confusão. -Quantas incertezas!
Por ora são clarezas,
Noutras são tempestade, -que de idade,
-É tormento, dedicação, salvação.
O que seria da nobre calçada,
Que ali parada se assenta por nada,
calada e pobre por ser andada,
sujeira, podreira, passagem, situação.
Fechar um cerco por nada,
Não é atitude, -calçada,
então nem posso ser mais nada,
Além de escravo sem nome, -ilusão.