PULSEIRA DE PRATA

Aqui vai a tua pulseira

que já não sei se foi feita ou fazida;

sei que foi sendo feita

e o tempo era tanto, que ela foi feita

em horas de riso e de pranto.

Nem sei se as três pedras

que vieram assim,

ainda são coloridas, amarelas

como o citrino nas jazidas

e as margaridas

que espiam das janelas,

ou se tem a cor dos beijos de amor

que dei nelas.

Grata lembrança das horas de ternura

que juntaram os meus pedaços

em uma corrente de prata,

na exata solidão de noite tão escura,

que eu na tua procura,

quis que tu tivesses

brilho em teus braços ...