Feliz ignorância
Como é bom não saber
Assim, é sempre mais fácil viver
Queria tanto não ter descoberto
Que na vida, nada de fato é certo
Poderia ter sido feliz
Com todas a asneiras que o homem diz
Com todas as ações vagas e sem sentido
No mínimo inúteis por excelência
Mas que mundo horrível
Que de tão belo é desprezível
Faço parte dele
E ele a todo momento arranca partes de mim
A tortura leve chamada vida
Acumula-se nas veias, palpita e lacrimeja
Anda, corre, cai, dorme
E o nada, mesmo sem saber,
É o que todo ser almeja