Rampa

O som da fome

Calado no nome

Do pobre coitado

De alcunha destino

Sina de sofrer

Sina de adoecer

Sina de morrer!

Mas o cabresto

Da falta das letras

Conduz o manifesto

Da miséria nas urnas

A hora chegou,

Mas o povo não acordou

Do pesadelo nefasto

Do político padrasto

Sem amor pela causa

Olhando a própria carteira

Joga moedas e pausa

Na espera da recompensa financeira.

Assim é a democracia

Feita de falhas e cidadania

Açoitando a vida

E destruindo a soberania

Sina de vencer

Sina de morder

Simplesmente sina!