aroma de cu

O silêncio bate frio

Como vento no sovaco

Que apertado parece

Uma boceta engelhada,

De um moça que no seu

Entremear, não sabe

Se nega ou se dar....

Duas rosas murchas,

Caídas sobre a pele

Gelada e seca, duas

Flor muda, surda e

Parca, assustada, uma

Flor não perdoada...

São segredos e outros

Medos, meu camarada!

Pensa que viver é fácil

Então, meta o pé na

Estrada!

E minha boca, nem ai,

Esfomeada, come sem

Dó, a dor que flutua

“um quase nada” , o gosto

De brejo seco, de lama

Freada, O aroma de cu, desses

Que Saem de algumas

igrejas, adorno nu, de alguns

prédios que vejo, aroma

de cu, desses aromas que

toma conta dos governos...

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 27/10/2012
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