ALGO DE MIM
Talvez seja tortura,
O que me passa agora,
Talvez crises de loucura,
Ou apenas dores de outrora.
Fantásticos e lunáticos suspiros,
Que insistem em me calar,
Trazem grandes e fétidos delírios,
Que desaparecem se/ao me afagar.
Tornam-se passado os sorrisos,
Que se desfazem ao tardar da solidão,
Penso e choro por amor, em mil risos,
Que se entrelaçam e mostram-me paixão.
Calo os sonhos e encerro a vida.
Sinto o calor d’alma se esvaindo do corpo,
Reabro os olhos e reavivo-me na ida,
Dum futuro passado à busca dum topo.
Talvez d’alma,
Em busca d’algo,
Que mesmo em mim,
Se torna distante. Doce ainda... e amargo, muito amargo...