Ah! Esses jovens!

Ei-los ávidos, sempre além, nas atitudes.

Imprecisos, quando do entoar das dúvidas.

Desdenham, sonham, choram na inquietude.

Vivem, pois, num mundo multicor.

Procuram, contudo, um não-sei-quê aonde vão

A beleza é seu paraíso, vestígios da pura ilusão.

Incompreendidos, insanos, inconformados, banais

Tantas as denominações desses jovens “perdidos”

Carentes, incoerentes, mas sempre tão queridos.

Talvez, quem sabe, um dia,

Quando no florescer de sua aurora

A maturidade, ainda e mesmo que tardia

Sane suas dúvidas, de hoje e outrora.