alforje

Goelas

Nas costas de minha

tripa tem

O fardo

o canto sujo

Da parede sem casca

De cores várias,

É no fogo da canga é

que as coisas desanda.!

(sinceridade demais

cansa)

O pau de sebo

Flutua no centro

Do mar...e muitos

Querem subir

Nos arrepios do

Corpo...

E minha cara ( já quase

Desnecessária)

Ainda com sabão...

Torcida, aniquilada

(de dentro o mundo

é outro ), eu mostro

á exaustão dos dias

quentes...quão fino

e áspero são as cordas

do amor....

E as gargantas

Gritam em outras

Gargantas e goelas

Sangram pelo tamanho

Da palavra...

( palavras

podem ser paridas? )

E vomita na latrina do

Banheiro da rodoviária,

O ano de 1974...