Sem remorços
Não espero que entenda
Não peço que me perdoe
Não suplico para que me ame
Não peço que não me odeie.
Não peço para voltar, pois nunca fui
Não suplico por um amor que nunca pedi
Não abandonei pois nunca houve nada
Não havendo nada, nunca nada existiu.
Não se quebrou nenhuma regra
Não se passou nunca o limite da sensatez
Não houve nada, e sendo nada, nada se fez
Não respondi pois há muito já dormia.
Dia seguinte, sol forte e cheio de encantos
Liguei-te feliz lá da Praça Rio Branco
Ao som do chorinho que ecoava em alegria
Não atendestes e lá se foi minha euforia.
Segui em frente e compreendi o que sentias
Tua revolta, o teu ódio, antipatia
Mas sigo calado, em silêncio, sem agonia
Não te julgo, e não podes nunca me julgar.
Pois nada houve e jamais eu poderia
Ter teu amor, tua paixão, tua companhia
Mas com clareza, com certeza e decisão
Só o respeito e amizade sempre existirão.