Escrevedor
Quero a Poesia para expressar
os sentimentos.
Não a poesia de métricas e rimas
- grades de prisões -.
Quero os versos brancos
como a plenitude da paz.
Quero os versos livres
como livre é a Liberdade.
Quero poemas soltos,
livremente expressados.
Não quero a obrigatoriedade
de regras poéticas
e normas literárias.
Não quero as limitações dos sonetos
- estrofes contadas, versos rimados - .
Quero a linha solta,
que não seja vulgar,
repleta de Poesia:
forma de contar segredos
de maneira que permaneçam secretos.
Quero esta estética
para contar ao mundo
quem sou sem deixar
perder a Identidade
que me torna único:
na harmonia e sinfonia
de palavras permanecer
EU mesmo:
mero Escrevedor
de Sentimentos abundantes
que não podem ser
contidos neste pequeno
órgão humano: coração
e por isto extravasa-se
pela mão através da caneta
para o papel em branco
que se torna repleto de linhas:
riscos de descobertas,
rabiscos de PENSAMENTOS.
Leonardo Lisbôa – Barbacena, 03/11/2000
POEMA 827 - Caderno: Amor Dormido e Sonhado.