DNA DA POESIA
O cheiro de terra molhada
traz à tona a poesia.
Ela penetra pela janela,
invade o quarto,
toma meu corpo de assalto
e aguça meus cinco sentidos.
Recebo, então, o chamado:
“- Vai. Escreve. Põe no papel os versos ditados por teu coração”.
Obedeço.
Submissa.
Feliz.
Grávida de palavras.
Assim nasce o poema.
Filho adorado da chuva
e do sopro criador
que ela lança sobre mim.
Goimar Dantas
Artur Nogueira 02/04/2005