TUDO DO NADA/NADA DE TUDO

TUDO DO NADA/NADA DE TUDO

Nada e tudo

Fundem-se e confunde-nos

Nada é nada

Tudo é tudo

Mas tudo de nada é tudo

Ou nada de tudo é nada

Nada de nada é fundo

Ou fundo-te a alma no todo

Tanto e pouco

Portanto e tampouco

Mostre-me seu Nada

Que de ti direi um tudo

Mostre-me tudo

Que de ti nada teria

Há dizer mais desnudo

Se o Tudo é nada

E o nada por ser tudo

O que é tudo

E quão o nada é?

Se for pra tudo

Que seja pra nada

E se for pra nada

Que venha com tudo

Contudo, porem, entretanto

Nada é Nada

Tudo é Tudo

E nessa estrada

Passe gritando

Nunca mudo

Pra mostrar pelo volume

Da vibração vocalizada

O quanto e nada

E tudo se fundem

Confundem

Perde-se no nada e no tudo

Nada é Tudo

Tudo vai pra Nada

Paz num segundo

Crise noutra levada

Nada de tudo

Tudo do Nada

Ganhar e Perder

Flor e Espada

Vamos assim viver

Sem entender de tudo

Sem comentar mais nada

Por que no fundo

Nada e tudo

Serão mera invenção descarada...

Arqueirorj
Enviado por Arqueirorj em 25/10/2012
Código do texto: T3951754
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