TUDO DO NADA/NADA DE TUDO
TUDO DO NADA/NADA DE TUDO
Nada e tudo
Fundem-se e confunde-nos
Nada é nada
Tudo é tudo
Mas tudo de nada é tudo
Ou nada de tudo é nada
Nada de nada é fundo
Ou fundo-te a alma no todo
Tanto e pouco
Portanto e tampouco
Mostre-me seu Nada
Que de ti direi um tudo
Mostre-me tudo
Que de ti nada teria
Há dizer mais desnudo
Se o Tudo é nada
E o nada por ser tudo
O que é tudo
E quão o nada é?
Se for pra tudo
Que seja pra nada
E se for pra nada
Que venha com tudo
Contudo, porem, entretanto
Nada é Nada
Tudo é Tudo
E nessa estrada
Passe gritando
Nunca mudo
Pra mostrar pelo volume
Da vibração vocalizada
O quanto e nada
E tudo se fundem
Confundem
Perde-se no nada e no tudo
Nada é Tudo
Tudo vai pra Nada
Paz num segundo
Crise noutra levada
Nada de tudo
Tudo do Nada
Ganhar e Perder
Flor e Espada
Vamos assim viver
Sem entender de tudo
Sem comentar mais nada
Por que no fundo
Nada e tudo
Serão mera invenção descarada...