Não anda...
o suor do
vento, o uivo
do céu...
a forma sem luva
do branco...
somos todos véus?...
o pano de prato
cobre, alinhavado
de linha grosa,
o poço fedido,
que a mula já
velha e cansada
carrega nas costas...
a pele desgruda
da chuva grosa
o soa no ouvido
da porta....
praça,
antes comovida...
endurece com sangue
velho que faz casca
da ferida...
a igreja que empresta
nome ao santo, á
santa ignorância humana
é banhada pelo risco
da chuva incrépita..
faz troça do bom moça
que apenas come e bebe
caga, vomita, e não anda....