Nunca
Cá eu não encontro,
Mas busco, busco
O frio da neve lívida
N’alvorecer, no lusco-fusco!
Jaz ali a felicidade.
Nasceu, cresceu, morreu.
Sujeita à mortandade:
Pouco resistiu em meu eu!
Pouco resistiu em meu eu:
Sujeita que ‘stava à mortandade:
Nasceu, cresceu – pouco! – e morreu
Ali: ali jaz minha felicidade!
N’alvorecer, no lusco-fusco:
O frio da neve lívida
Eu busco – inda busco –
Mas nunca encontro!
Nunca! Nunca-nunca encontro!