Declaração Ao Sol

Meu caro, hoje ví no olhar dele que os meus olhos são negros. Ele olhava meu inferno querendo provar do céu. E não tendo palavras me rendi e assim começa novamente o sofrimento que decidi, exatos três dias atrás, abandonar...

É nele que meus olhos estão e também um coração. São farrapos, migalhas que eu não quero mais, pois os doei à ele. O sol agora me tem em suas mãos .

Pela manhã, ele, sorri e eu sorrio. A noite ele escreve e eu respondo.

Pelas horas ele me ouve e não me entende. Ele quer de mim algo que eu me recuso a oferecer: Amizade.

Amigos, eu e o sol, jamais seremos.

Sol, quero e quero eternamente um brilho, um beijo.

O Beijo dele vem e não quer voltar.

Porquê sol e terra são tão distintos e distantes?

Sol, amarei tua luz até que ela não me toque mais.

(Escrito em homenagem à Franciélia Oliveira, em um momento de dor)

Izaías Serafim
Enviado por Izaías Serafim em 25/10/2012
Código do texto: T3950883
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