[Proposta: Eu Queria te Alugar...]
*** Atenção: tenho prazer de ser lido, para isto a gente escreve!
Mas, se você usa a tal da "moderação de comentários" em seus textos, por favor, esqueça-me... o mundo é grande, vasto mundo! ***
_______________________________________
_______________________________________
[Por uns tempos, todos somos alugáveis...]
Grito: eu estou aqui — olha-me, toca-me se quiseres!
Eu te olho, perco-me em tuas curvas roliçosas,
afundo o meu rosto em teus cabelos, te desejo!
Ah, mas eu quero mesmo é te alugar, quero sim...
Mas olha: cuidado, como tudo que há nesta vida,
seja empréstimo ou aluguel, é só por uns tempos!
Minhas condições — pago todas despesas do lugar
que me ajudares a escolher [nada te será imposto],
praia, montanha, ou cidade — Paraty, está bem?
Gostas de poesia? Gostas de vinho tinto [seco],
será que sabes fingir que gostas de mim, será?
Esta é a parte fundamental de nosso trato,
e um solitário como eu jamais abre mão dessa parte!
E mais: não me apaixonarei, não te apaixonarás,
o prazer tem só a validade da duração — é claro!
Espantada com a minha proposta,
com a minha honestidade imediata?!
É que da vida só sei e sinto a efemeridade!
Fica o poema incompleto, sem respostas,
as luzes se apagam, o bar já vai se fechar,
e eu preciso dormir... para sonhar contigo!
_________________
[Caxambu, 17 de agosto de 2012]
[Se eu me levasse a sério, eu já tinha bebido veneno...]