[Proposta: Eu Queria te Alugar...]

*** Atenção: tenho prazer de ser lido, para isto a gente escreve!

Mas, se você usa a tal da "moderação de comentários" em seus textos, por favor, esqueça-me... o mundo é grande, vasto mundo! ***

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[Por uns tempos, todos somos alugáveis...]

Grito: eu estou aqui — olha-me, toca-me se quiseres!

Eu te olho, perco-me em tuas curvas roliçosas,

afundo o meu rosto em teus cabelos, te desejo!

Ah, mas eu quero mesmo é te alugar, quero sim...

Mas olha: cuidado, como tudo que há nesta vida,

seja empréstimo ou aluguel, é só por uns tempos!

Minhas condições — pago todas despesas do lugar

que me ajudares a escolher [nada te será imposto],

praia, montanha, ou cidade — Paraty, está bem?

Gostas de poesia? Gostas de vinho tinto [seco],

será que sabes fingir que gostas de mim, será?

Esta é a parte fundamental de nosso trato,

e um solitário como eu jamais abre mão dessa parte!

E mais: não me apaixonarei, não te apaixonarás,

o prazer tem só a validade da duração — é claro!

Espantada com a minha proposta,

com a minha honestidade imediata?!

É que da vida só sei e sinto a efemeridade!

Fica o poema incompleto, sem respostas,

as luzes se apagam, o bar já vai se fechar,

e eu preciso dormir... para sonhar contigo!

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[Caxambu, 17 de agosto de 2012]

[Se eu me levasse a sério, eu já tinha bebido veneno...]

Carlos Rodolfo Stopa
Enviado por Carlos Rodolfo Stopa em 24/10/2012
Código do texto: T3950126
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